A saúde na terceira idade é essencial para uma vida em pleno e com qualidade de vida. E muitos dos nossos séniores precisam apenas de uma pequena ajuda.
Artigo atualizado a 18 de Fevereiro de 2022
São os nossos maiores heróis, parecem invencíveis e aparentam saber tudo – e a maior parte das vezes sabem -, mas muitos dos nossos pais e avós ainda desvalorizam o contributo essencial da alimentação e do exercício físico na saúde sénior.
A velocidade da progressão do envelhecimento depende de muitos fatores. E embora existam alguns mais difíceis de controlar, como os genéticos, outros estão mais dependentes de nós, como o estilo de vida e comportamentos.
Segundo a Associação Portuguesa de Nutrição, “o risco de inúmeras patologias associadas ao envelhecimento pode ser minimizado por uma intervenção adequada ao nível dos estilos de vida, nomeadamente da alimentação/nutrição e atividade física”.
Atividade física na terceira idade
A diminuição da força e a perda de massa muscular, associadas ao processo de envelhecimento, impõem limitações e alteram hábitos funcionais, provocando a diminuição da mobilidade, da autonomia e a perda de equilíbrio. Estas são capacidades indispensáveis para manter a qualidade de vida e bem-estar, uma vez que aumentam o risco de quedas e consequentemente, de fraturas e/ou do desenvolvimento de doenças.
Estão comprovados os inúmeros benefícios da atividade física na terceira idade (como aliás em todas as faixas etárias). Uma pequena rotina de treino diário, como por exemplo 30 minutos de caminhada, contribui para diminuir o risco da incidência de doenças cardiovasculares, diabetes de tipo II, estados de ansiedade e promove o bem-estar.
Exercício físico para um envelhecimento ativo e saudável
Alimentação na terceira idade
A alimentação, por sua vez, é igualmente fundamental para promover uma boa qualidade de vida e para promover o bem-estar. Se equilibrada, completa e variada, é sempre uma boa estratégia para um estilo de vida saudável e para prevenir doenças ou atenuar os seus efeitos.
As necessidades nutricionais do organismo variam de pessoa para pessoa e de acordo com outros fatores, nomeadamente com a idade. Com o passar dos anos algumas das funções do organismo começam a ficar comprometidas, como é o caso da digestão, absorção e síntese de alguns nutrientes.
Torna-se menos eficiente a capacidade de absorção de vitaminas, como a vitamina B12 e minerais como o cálcio, e a síntese de vitamina D, pelo que é necessário monitorizar com maior frequência os seus níveis.
Além disso, passa a existir uma maior tendência para carências ou défices nutricionais e/ou malnutrição, que pode ter várias explicações. Por exemplo, a dificuldade em carregar as compras pode tornar a respectiva lista mais pequena e menos variada e, por isso, esta começa a resumir-se aos básicos. Este tipo de ações, que tem consequências em qualquer fase da vida, por vezes, complica bastante a saúde dos idosos.
Porém, é possível contraria esta tendência. Uma alimentação cuidada aliada ao exercício físico, pode contribuir para um envelhecimento mais saudável e feliz. Aconselhe os seus pais e avós a priorizar uma dieta variada e equilibrada, estimule o exercício fisico e prove-lhes que a idade não tem de ser uma sentença!
4 dicas para melhorar a dieta sénior
Nutrientes essenciais na saúde sénior
Os nutrientes da lista abaixo são essenciais e devem integrar um plano alimentar para idosos.
- Fibra – Cereais integrais (aveia, arroz, trigo, etc.), fruta e legumes.
- Cálcio – Laticínios, hortícolas de folha verde escura (espinafres, agrião, couve, etc.) e frutos oleaginosos (amêndoas, avelãs, castanha do Brasil, etc.).
- Ferro – Carne vermelhas, pescado, ovo, leguminosas secas (feijão, grão, lentilhas, etc.).
- Fósforo – Laticínios, carne, pescado, gema de ovo, frutos oleaginosos e leguminosas.
- Magnésio – Leguminosas, frutos oleaginosos e hortícolas de folha verde escura (sobretudo, acelga e espinafres).
- Potássio – Fruta (sobretudo, banana e abacate), tubérculos (batata), hortícolas (espinafres, couves, beterraba), leguminosas, frutos secos.
- Selénio – Peixe, carne, ovos, cereais, frutos secos (castanha do maranhão, nozes e amêndoas) e leguminosas.
- Zinco – Pescado, carnes vermelhas, ovo, laticínios, frutos secos e leguminosas (feijão e grão).
Também os alimentos probióticos – Iogurtes, queijos e leites fermentados, como kefir, bebidas fermentadas (kombucha), chucrute, kimchi e outros legumes fermentados – podem integrar um plano alimentar para séniores.
Autor
À Roda da Alimentação