Segurança alimentar: dicas para comer de forma segura

Por À Roda da Alimentação

A ingestão de bebidas ou de alimentos contaminados são a causa das chamadas Doenças de Origem Alimentar. Para que possam ser evitadas, é importante adotar boas práticas de higiene. Deixámos algumas .

Comer bem é também comer de uma forma segura, por isso vamos deixar-lhe algumas dicas essenciais que deve ter sempre em conta ao longo de todas as etapas pelas quais o alimento passa ao longo da sua vida útil, desde a sua produção até ao consumo, passando pelo armazenamento, a manipulação e a preparação/confeção.

Determinados comportamentos do nosso quotidiano podem contaminar não só os alimentos, mas também os equipamentos, os utensílios, as instalações e, por conseguinte, as pessoas.  Embora muitos microrganismos sejam úteis para a produção de alimentos – nomeadamente de queijos e iogurtes – bem como para melhorar a saúde devido à capacidade fermentativa de substratos em termos gastrointestinais, outros são altamente perigosos, podem desenvolver doenças ou ser fatais.

O grau de resistência do nosso sistema imunitário aos microrganismos depende muito de cada ser humano – o hospedeiro do microrganismo. Pessoas com um sistema imunológico frágil – os chamados imunodeprimidos – são mais suscetíveis aos microrganismos patogénicos. Os bebés, grávidas, e crianças, também acabam por ser grupos de risco e de maior fragilidade, devido à reduzida capacidade do organismo de se defender. Conhecer os fatores que podem potenciar ou inibir o crescimento de microrganismos nos alimentos é meio caminho andado para uma alimentação segura e saudável.

5 princípios para uma alimentação segura

1. Higiene pessoal: lavar as mão

Se alguma coisa boa a pandemia nos deixou foi o hábito de lavarmos frequentemente as mãos, um dos principais veículos de transmissão de microrganismos. A correta lavagem das mãos é um fator essencial para diminuir o risco de contaminação. Idealmente deve lavar as mãos assim que chega a casa, antes de iniciar a preparação de alimentos, depois de tocar em alimentos crus como peixes, carnes ou mariscos, depois de se assoar, depois de ir à casa de banho, quando mexeu no lixo ou tocou em animais.

2. Separar os alimentos crus dos alimentos cozinhados

Os alimentos crus devem ser mantidos separados dos alimentos cozinhados, uma vez que  os alimentos crus têm uma maior carga microbiana e poderão contaminar os alimentos já cozinhados e prontos a consumir.  Assim, deve usar utensílios diferentes – como facas ou tábuas – para os alimentos que estão crus e para os alimentos que estão cozinhados. O mesmo se aplica ao seu armazenamento no frigorífico que deverá ser feito em recipientes diferentes. Os alimentos crus devem estar sempre na prateleira por baixo dos alimentos cozinhados ou prontos a consumir. 

3. Cozinhar bem os alimentos

Os alimentos devem ser cozinhados a uma temperatura superior a 75 ºC, uma vez que é considerada a temperatura de segurança, acima da qual é possível eliminar a maior parte dos microrganismos patogénicos. É importante verificar se numa peça de ou de grande dimensão – um rolo de carne assado, por exemplo, ou um peixe no forno com mais de 1 kg – esta temperatura é atingida no interior (centro térmico) do alimento. No caso da carne, assegurar-se que os seus exsudados são claros e não avermelhados.  Um termómetro de cozinha é sempre uma excelente aquisição para saber se a temperatura de segurança é ou não atingida.

4. Qual a temperatura ideal do frigorifico? Como manter os alimentos a temperaturas adequadas à sua conservação

A temperatura a que os alimentos estão sujeitos é essencial para a sua conservação, esta é de extrema importância no crescimento e velocidade de multiplicação de microrganismos nos alimentos, sendo à temperatura ambiente que este desenvolvimento é mais rápido. Os alimentos devem ser conservados no frigorifico a temperaturas entre os 0 e os 5˚C. Quanto à descongelação dos alimentos, deve ser feita dentro do frigorífico e não à temperatura ambiente.

5. Utilizar potável e matérias-primas seguras

Deve garantir que as matérias-primas que utiliza para a preparação/confeção dos alimentos são de qualidade e seguras, nomeadamente a água. É importante certificar-se de que a água com que cozinha é potável, caso contrário será uma fonte de microrganismos patogénicos e/ou toxinas. De forma a minimizar o risco, poderá adotar algumas medidas preventivas, como é o caso de lavar os as frutas e antes da sua preparação e descasque.

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição

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À Roda da Alimentação