Glúten em cinco respostas

Com Sofia Paixão

A intolerância ao  e as respetivas alternativas alimentares são temas que geram sempre algumas incertezas. Hoje falo com alguém que teve de mudar a sua alimentação e reaprender a cozinhar.

Em 2009, Sofia Paixão descobriu que era intolerante ao glúten. Nessa altura percebeu que tinha de mudar a sua alimentação e de reaprender a cozinhar. Com todos os conhecimentos adquiridos decidiu criar o blogue GlutenFree com paixão, onde partilha e receitas com milhares de seguidores.

Além de blogger, Sofia Paixão é hoje natural chef e health coach. E para entender de que forma o glúten pode afetar o organismo e como é possível manter sem ele uma , decidi colocar-lhe cinco questões.

1- Que sinais podem indicar que somos sensíveis ao glúten?

Existem vários tipos de sinais: diarreia crónica, prisão de ventre, , distensão abdominal, dores nas articulações, cãibras, vómitos, alterações dermatológicas, atraso no crescimento, cansaço crónico, aumento de peso insuficiente, alterações de humor, entre muitos outros.

Por poderem ser tantos – e ao mesmo tempo tão distintos -, estes sinais dificultam o diagnóstico tanto da doença celíaca (doença autoimune) como da sensibilidade ou intolerância ao glúten.

Quando se trata de uma alergia, os sinais são repentinos (inchaço e irritação da pele) e ocorrem imediatamente após a ingestão de alimentos com glúten.

2 – A intolerância pode surgir na idade adulta? 

Sim, pode. A intolerância ao glúten, assim como a doença celíaca, podem manifestar-se tanto na infância como na idade adulta. Muitas vezes, o diagnóstico é feito apenas passado algum tempo de o problema existir, pois a maioria das pessoas ignora ou não relaciona os sinais. Já a alergia à proteína do glúten é normalmente detetada mais cedo.

Glúten em cinco respostas

3 – É possível ter uma alimentação saudável isenta de glúten?

Claro que sim. O glúten está presente no , centeio, cevada e, por vezes, na aveia.

Se optarmos por outro tipo de cereais ou pseudocereais , como , trigo-sarraceno, teff, millet, aveia sem glúten, quinoa, entre outros, não existe razão para haver carência nutricional. Todos estes alimentos são muito ricos em e fibra.  

O problema pode estar na escolha dos alimentos sem glúten, principalmente nos , pois na maioria das vezes estes alimentos são feitos à base de ingredientes pobres do ponto de vista nutricional.

4 – Existem muitas alternativas no mercado?

Muitas, mas infelizmente nem todas são saudáveis. Como disse anteriormente, a maioria dos alimentos processados sem glúten que encontramos no mercado é pobre do ponto de vista nutricional.

Por isso, é muito importante que as pessoas saibam interpretar os rótulos, para perceberem de que são feitos os alimentos e, assim, conseguirem fazer escolhas certas e equilibradas.

Quanto mais natural e integral forem os alimentos ou ingredientes, melhor.

5 – Uma dieta isenta de glúten pode ajudar a emagrecer?

Se a dieta for feita à base de alimentos processados, preparados com farinhas refinadas, gomas e açúcar, isso nunca irá acontecer.

Agora, se as pessoas optarem pelas substituições certas e, ao mesmo tempo, reduzirem o consumo de bolos, sim, poderão emagrecer.

Quer saber mais sobre intolerância ao glúten e as respetivas alternativas alimentares? Pergunte à nutricionista online.

Autor

Catarina Furtado