Jejum intermitente: o que é e como fazer?

Por À Roda da Alimentação

O que é o jejum intermitente

O jejum intermitente é a prática de períodos regulares de ausência de ingestão de alimentos ou uma ingestão muito limitada. Não existe uma só dieta, pois existem diferentes “protocolos”.

Jejum intermitente: como fazer?

  • Jejum durante um período de tempo: 16 a 20 horas diárias de jejum e nas restantes horas pode comer.
  • Jejum em dias alternados: um jejum de 24 horas seguido de um dia ad libitum (a pessoa pode comer à vontade), e assim sucessivamente. Neste caso, pode permitir-se a ingestão limitada de alguns alimentos no dia de jejum.
  • Jejum de dia inteiro: Jejum de 2 dias na semana, o chamado 5:2, sendo que os dois dias não podem ser consecutivos.  Durante o período de jejum não existe ingestão de alimentos.

Fora desse período, deverá ser feita uma ingestão de acordo com os objetivos.

Poderá ser feita restrição calórica, se o objetivo for perda de peso (ou seja, deverá consumir menos calorias do que as que gasta) ou uma ingestão que permita um equilíbrio energético, ou seja, sem perda ou ganho de peso.

Deve consultar um nutricionista para ajudar ajudar a organizar o seu plano alimentar, definindo as quantidades de alimentos necessárias para perfazer as suas necessidades e objetivos.

Jejum intermitente: benefícios

  • Perda de peso a longo-prazo, ainda que não seja superior à que ocorre com outras dietas com restrição energética.
  • Alguns estudos demonstram ainda que poderá ter melhores resultados nos valores de glicose em jejum, quando se compara com uma dieta com restrição energética.
  • De notar, que no jejum intermitente, não existe a restrição de nenhum grupo de alimentos. A escolha dos alimentos deverá ter em consideração os princípios de uma alimentação saudável.

O que comer depois do jejum

Deixamos algumas recomendações:

  • consumir pelo menos 5 porções de frutas (preferencialmente com casca) e hortícolas (crus ou cozinhados);
  •  optar pelos produtos lácteos com menor teor de gordura, dar preferências às carnes magras, livres de pele e gorduras visíveis;
  • incluir, pelo menos duas vezes por semana, peixes gordos na ementa (salmão, cavala, atum, sardinha);
  • optar por gorduras saudáveis como o azeite, os frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, avelas) e frutos gordos (por exemplo abacate);
  • dar preferência aos cereais e derivados integrais (arroz, massa integral, quinoa, flocos de aveia);
  • incluir as leguminosas nas suas refeições (ervilhas, feijão, grão, lentilhas), evitar os produtos de pastelaria e charcutaria, e outros ricos em sal, gorduras e açúcar.

É importante ainda fazer uma correta hidratação (beber mais água, pelo menos 1,5L por dia), sendo a água a bebida de eleição. 

Para saber mais, leia o nosso artigo ‘Dietas da moda e os seus riscos’.

Sofia Dinis é licenciada em Ciências da Nutrição e Pós Graduada em Biotecnologia e Inovação Alimentar.

Autor

À Roda da Alimentação