As bolachas Maria são provavelmente as mais famosas do país e estão entre aquelas que os portugueses mais consomem desde sempre. No entanto, há uma pergunta que se impõe, e certamente muitos de nós já a fizeram: será que as bolachas Maria engordam? Vamos ficar a saber!
Atualizado a 4/12/2023
Como se explica o aumento e a perda de peso?
Perguntar se as bolachas Maria engordam é uma questão um pouco mal formulada, vejamos porquê. Antes de mais, porque o aumento, a perda ou a estabilização do peso dependem essencialmente da relação entre as calorias que consumimos e as calorias que gastamos.
Assim, engordar ou emagrecer é uma questão de balanço energético: perdemos peso quando há um balanço energético negativo conseguido através de várias estratégias, nomeadamente reduzindo a energia consumida, comendo alimentos com uma densidade energética mais baixa, pondo menos quantidade de comida no prato ou levando uma vida mais ativa; por outro lado, para aumentar de peso é preciso um balanço energético positivo, ou seja, é necessário ingerir mais energia do que aquela que gastamos, o que se consegue comendo mais do que se precisa ou levando uma vida sedentária.
O aumento ou a redução do peso relacionam-se, portanto, com as nossas opções alimentares, com a quantidade daquilo que ingerimos e com o nosso estilo de vida. Não é possível registar um ganho ou perda de peso depois de uma refeição faustosa ou de um dia com restrições calóricas: o mais importante é o balanço dos comportamentos ao longo do tempo. Só por si, nenhum alimento engorda ou emagrece, tudo depende da ingestão e do gasto calórico diário.
Bolachas Maria
A bolacha Maria é um clássico. Foi criada em 1874 por um padeiro inglês como forma de celebrar o casamento da grã-duquesa Maria Alexandrovna da Rússia com o duque de Edimburgo. No entanto, as bolachas Maria serão ou não equilibradas?
Tudo depende da quantidade que ingerimos, da forma como as comemos (isoladas, acompanhadas com iogurte, queijo, doce ou manteiga) e ainda da marca que compramos, uma vez que os valores nutricionais e os ingredientes variam de marca para marca – o ideal é prestar atenção ao semáforo nutricional e ao rótulo alimentar, ver bem a lista de ingredientes, os valores nutricionais e optar pelas que têm menos teores de açúcar e de ácidos gordos saturados.
À semelhança do que acontece com outros produtos, há atualmente uma preocupação transversal do mercado com a melhoria nutricional das receitas de vários alimentos, e as bolachas Maria não são exceção.
A oferta é muito diferente e superior em comparação com o que existia há uns anos, o que permite fazer melhores escolhas alimentares. As crianças também já têm opções mais equilibradas e pensadas especialmente para elas, com uma composição nutricional mais interessante, sem açúcares adicionados e/ou sem edulcorantes.
Há quem diga que cerca de 6 bolachas Maria podem substituir um pão, mas do ponto de vista nutricional mais vale comer um pão com queijo fresco, por exemplo, do que as bolachas, pois vamos ficar mais saciados devido não só ao teor de fibra, mas também à presença do queijo, que, contendo proteína, também contribui para uma maior saciedade.
O melhor a fazer é moderar a quantidade de bolachas e comer as que são de uma marca mais saudável. As Maria podem ser um snack mais esporádico, acompanhadas com um iogurte, por exemplo, para aumentar a saciedade com uma fonte de proteína, já que são maioritariamente constituídas por hidratos de carbono simples.
Mais do que excluir alimentos ou classificá-los como «menos bons», importa perceber quais são as nossas necessidades, como é o resto da nossa alimentação e quais as escolhas que estamos a fazer quando vamos às compras.
Bom apetite!
Saiba como emagrecer de forma saudável.
Autor
À Roda da Alimentação