Ovos: benefícios e mitos

Por À Roda da Alimentação

São consumidos no mundo inteiro e fazem parte da nossa alimentação há milhares de anos. Mexidos, estrelados, cozidos ou escalfados, os ovos são um grande petisco para muitas pessoas.

Os desportistas idolatram-nos e os médicos elogiam bastante esta fonte de proteína saudável. No entanto, os ovos são um dos alimentos mais envoltos em que convém esclarecer, a par dos seus benefícios para a saúde. Hoje, deixamos-lhe o essencial sobre os ovos.

Os ovos fazem mal a quem tem o alto?

Não. Um mito comum é que os ovos aumentam o colesterol no sangue e prejudicam a saúde cardiovascular; porém, estudos científicos recentes mostram que o aumento do colesterol no sangue não está apenas dependente da quantidade de colesterol que ingerimos nos alimentos. Os alimentos que mais podem influenciar nos níveis de colesterol, são os que são ricos em gorduras saturadas:  produtos de charcutaria, enchidos e carnes vermelhas. O consumo diário de alimentos como o ovo não afeta o perfil lipídico de uma pessoa; aliás, o ovo até é um alimento com vários benefícios nutricionais.  

De qualquer forma, um indivíduo que sofra de hipercolesterolemia (aumento da concentração de colesterol no sangue), deve ter mais cuidado com a alimentação e comer ovos com maior moderação.

Sabia que a gema de ovo contém lecitinas que ajudam a impedir a subida de produção de colesterol pelo nosso corpo?

Os ovos engordam?

Não. Nenhum alimento por si só engorda ou emagrece. O ovo pode até ser um excelente aliado num plano de perda de peso, desde que sejam cozinhados sem ou com pouco sal e sem gordura. Um ovo médio de 55 g contém apenas 82 kcal, um valor calórico baixo.

O ovo é nutricionalmente muito rico, uma vez que tem 13 essenciais e é uma excelente fonte de proteína, altamente saciante e que contém triptofano, um aminoácido «mensageiro» da serotonina que ajuda ar a controlar a fome.

Por ser uma excelente fonte de proteína, é muito indicado para os desportistas, visto que a proteína contribui para a manutenção e aumento da massa muscular.

A gema é a parte mais calórica do ovo?

Sim. A clara e a gema são diferentes, mas complementam-se. A gema é mais calórica, mas também mais nutritiva, contendo praticamente todas as (exceto a aumento da concentração de colesterol no sangue), proteína e gordura. Quanto à clara, é sobretudo constituída por água e proteína, principalmente albumina. O valor nutricional do ovo está, por conseguinte, no seu todo.

Não devemos comer mais de dois ovos por semana?

Não. A ideia de que não devemos comer muitos ovos tem passado de geração em geração. No entanto, as pessoas saudáveis podem comer até um ovo por dia, desde que o ovo esteja integrado numa alimentação equilibrada que não ultrapassasse o limite de 300 mg de colesterol diários. O ovo é ainda um excelente alimento para adeptos do vegetarianismo.

Os ovos substituem a ?

Não. Idealmente o ovo deve ser incluído numa alimentação variada e equilibrada. O ovo tem mais benéficas para a nossa alimentação, uma vez que respeita a proporção e a quantidade de aminoácidos essenciais, mas não tem a mesma composição nutricional da carne, muito rica em ferro e vitaminas do complexo B.

Resumindo, o consumo de ovos, tal como a ingestão de qualquer outro alimento, deve ser feito com conta, peso e medida. Moderação é a palavra-chave. Apesar das polémicas acerca das quantidades ideais, se o ovo está entre as suas preferências, pode e deve incluí-lo na sua alimentação com regularidade.

Bom apetite!

Autor

À Roda da Alimentação