Onde não há água não há vida! Pela nossa saúde e pela saúde do planeta, é urgente preservar este bem tão precioso, ameaçado pela seca agravada, que tem afetado várias partes do mundo, incluindo o nosso país.
Artigo atualizado a 9 de outubro de 2023
Sente cansaço? Tem dores de cabeça e náuseas? Pode ser apenas o seu corpo a ressentir-se da falta de hidratação. A água representa entre 60 a 70% do organismo, e é essencial para que este cumpra as suas funções da maneira mais correta.
A água está no centro da Roda da Alimentação Mediterrânica, o guia alimentar nacional, não só porque faz parte da constituição da maioria dos alimentos (ou ser necessária para a sua confeção), mas também porque devemos consumi-la às refeições e de forma regular ao longo do dia.
Benefícios da ingestão adequada de água
- Ajuda a regular a temperatura corporal;
- Contribui para o bom funcionamento da função cognitiva e do sistema urinário e renal (diminuindo o risco de formação de ‘pedras’ nos rins);
- Intervém na constituição de diferentes fluidos corporais (sangue, sucos, saliva, linfa, etc.),
- Preserva a elasticidade da pele;
- Facilita o transporte, digestão e absorção dos nutrientes;
- Promove a limpeza do organismo, eliminando as toxinas.
Por tudo isto, a desidratação pode gerar vários sintomas que, por norma, desvalorizamos.Os idosos estão em maior risco, pois têm dificuldade acrescida na perceção da sensação de sede.
Sintomas de desidratação
- Cansaço generalizado;
- Alterações visuais;
- Dores de cabeça;
- Obstipação;
- Náuseas;
- Problemas de memória.
Água: mitos comuns
A água emagrece ou engorda?
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a água não possui valor calórico. Logo, não produz efeitos sobre o peso. Naturalmente, quem tem um sistema digestivo sensível, deve evitar a ingestão exagerada de água às refeições, para não potenciar o refluxo gástrico.
Outro mito comum, importante de desfazer, é que as bebidas gaseificadas contribuem para a descalcificação dos ossos, porque têm um pH mais ácido. A verdade é que o pH do sangue (que realmente produz impacto nos ossos) é independente do que se bebe ou come. Ou seja, o pH da água não interfere no pH do organismo.
Isto leva-nos à questão das bebidas alcalinas (pH superior a 7), nomeadamente, à alegação de que a água alcalina é melhor para a saúde. Embora se reconheça que este tipo de água tem efeitos benéficos para quem sofre de refluxo gástrico, a verdade é que, para a generalidade das pessoas, qualquer água engarrafada ou de rede é boa para a saúde. E o ideal é ir variando entre o tipo de água – nascente, mineral natural e da torneira, para se aproveitar o que cada uma tem de melhor.
A verdade sobre os alimentos alcalinos
Quantos litros de água devemos beber por dia?
Os especialistas recomendam a ingestão diária de entre 1,5 e 2 litros (6 a 8 copos), mas a necessidade de água varia em função do peso e existência de patologias, atividade física, idade, género, alimentação, condições climáticas e, claro, do estilo de vida, mais ou menos ativo, de cada um.
A ingestão deverá ser, por isso, ajustada consoante as necessidades, pois se existirem mais perdas, por exemplo pela transpiração quando está muito calor, o consumo deverá ser superior.
Para quem bebe menos água porque se aborrece com a ausência de sabor, existem várias formas de introduzir mais água na alimentação. Alguns frutos (melancia, melão, maçã, etc.), o chá, infusões, águas aromatizadas (sem adição de açúcar) ou a sopa são opções viáveis e saborosas de hidratação.
Para garantir que está a ingerir a quantidade certa de água, o ideal é ir vigiando a cor da sua urina: quanto mais clara, maior o nível de hidratação do organismo.
Sabia que a sensação de sede é o primeiro sinal de desidratação?
Não se deve esperar ter sede para beber água!
Outra dica importante é moderar o consumo de bebidas diuréticas (como é o caso de alguns chás ou infusões e de bebidas com cafeína como o café.), pois estas promovem a perda de água e aumentam a necessidade de hidratação.
A água é um dos bens mais preciosos para a saúde e para a manutenção do equilíbrio do planeta.
Autor
À Roda da Alimentação